Falar sobre a minha infância é muito prazeroso, pois fui uma criança muito feliz!
Brinquei, imaginei, experimentei e fiz de conta vivi entre
as árvores, sonhando ou embalando por um balanço, buscando mistérios que fez
dos meus dias os mais sapeco de todos.
Adorava histórias, leituras, brincadeiras de rua, fazer teatro, cirquinho, dançar assistir Tv e tudo, mas que uma criança possa fazer.
Tudo era simples numa vida pobre porem rica com todos os
valores e sentimentos, uma base familiar muito boa.
Tudo que me lembro foi sempre assim, lembranças boas, mas nem
tudo são flores.
E só me dei conta desta felicidade quando depois de 25 anos
de casados meus pais se separaram.
A minha alegria infantil foi destruída pela palavra
separação, passei a ser só numa solidão que ninguém pode reparar, cada qual
para o seu lado.
Nunca mais houve almoço de domingo as reuniões para assistir
os três Patetas os dias de Natais mágicos.
Mas ele ficou dentro do meu coração sem comemoração.
Mas uma saudade que ficou pelos anos guardados na esperança
de resgatar a família e a felicidade.
Passei minha adolescência sozinha procurando um grande amor,
achei a desilusão e o sofrimento e quase perdi a esperança.
Mas uma viagem de São Paulo para cá, encontrei o amor previsto que via em meus sonhos onde sempre surgia uma mão.
Foi com estas mãos que resgatei o valor de uma família,
agora a felicidade infantil retornou ao meu coração, por causa do meu filho.
Também encontrei a minha capacidade de cultivar e colher , sendo útil como pessoa capaz de amar e ser feliz.
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